Felco
um festival de outra classe
Que a gente exibe e distribui
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Organizado no Brasil e em outros cinco países de maneira completamente horizontal e voluntária, o Felco busca difundir cada vez mais o audiovisual militante. Seu público alvo são os sindicatos, grêmios estudantis, movimentos de luta pela terra, associações de bairro entre outras organizações da sociedade civil. Para ativar esse sistema de distribuição, copiamos em nossas próprias casas os DVDs que compõem o acervo (Jorge Bodansky, Silvio Tendler e a Brigada de Guerrilha Audiovisual do MTST são alguns realizadores que autorizaram seus filmes para este sistema) e enviamos por SEDEX para o espaço exibidor. Uma peculiaridade é que cobramos apenas o custo do DVD (sempre até R$ 4,00 cada um) mais o preço dos Correios.

Além dos filmes do acervo também montamos mostras. Foram inúmeras, mas, dentre elas, podemos citar a Retrospectiva do Cinema Militante Latinoamericano (exibido na Galeria Olido, Cinemateca Brasileira e Cinusp Paulo Emílio – SP 2005), Felco Brasil – I Edição (Galeria Olido, MST, Sinsprev, C.A da Politécnica USP – SP 2005), A Ilusão Paga Passagem (Galeria Olido – SP 2010), Felco Belo Horizonte (Cine Humberto Mauro – MG 2006 a 2010). Porém ampliamos o alcance desses filmes pelo mesmo sistema de distribuição de nosso acervo, só que com duas restrições: o filme não pode ser copiado e as datas das sessões nos devem ser informadas – além, é claro, de trabalharmos com um número limitado de exibidores.

Se levarmos em conta que a mostra A Ilusão Paga Passagem, organizada em solidariedade aos estudantes que lutavam contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, em apenas três meses foi exibida em 16 espaços independentes, podemos verificar que foi grande a repercussão das batalhas de rua e que a pauta do transporte público voltou à tona. Definitivamente o Felco e a luta por um transporte público verdadeiramente público não estão para brincadeiras.

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